terça-feira, 26 de março de 2013

TRATEM UNS AOS OUTROS COM RESPEITO I



ENCONTRO / QUEBRA-GELO



Nosso Encontro/Quebra-gelo dessa semana será um pouquinho diferente. Falaremos sobre Mandamentos Mútuos. A Palavra de Deus apresenta a Igreja metaforicamente como um corpo – o corpo de Cristo. Mutualidade é um termo da língua portuguesa para descrever o dever que cada crente tem para com o outro, enquanto membro da família de Deus. Mutualidade origina-se da expressão bíblica uns para com os outros. (Rm. 12: 5). Isso aponta para a necessidade de estarmos em perfeita sintonia com os irmãos, em comunhão plena. No Novo Testamento, há dezenas daqueles que conhecemos por “mandamentos mútuos”, onde Deus deixa claro que precisamos uns dos outros, que não somos auto-suficientes. Ou seja, eu preciso de você, você precisa de mim, e nós precisamos de Deus. Observe alguns dos mandamentos mútuos existentes e escolha aquele que mais falou alto a você na semana que se passou, dizendo o motivo.
1.    Amar - Jo. 13: 34 Um novo mandamento vos dou: que vos ameis [uns aos outros]; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis [uns aos outros].
2.    Amar - Jo. 13: 35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor [uns aos outros].
3.    Amar - Jo. 15: 12 O meu mandamento é este: Que vos ameis [uns aos outros], assim como eu vos amei.
4.    Amar - Jo. 15: 17 Isto vos mando: que vos ameis [uns aos outros].
5.    Amar - Rm. 12: 10 Amem uns aos outros [uns aos outros] com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito. (NTLH)
6.    Amar - I Ts. 4: 9 Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que se vos escreva, visto que vós mesmos sois instruídos por Deus a vos amardes [uns aos outros].
7.    Amar - I Pe. 1: 22 Já que tendes purificado as vossas almas na obediência à verdade, que leva ao amor fraternal não fingido, de coração amai-vos ardentemente [uns aos outros].
8.    Amar - I Jo. 3: 11 Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio, que nos amemos [uns aos outros].
9.    Amar - I Jo. 3: 23 Ora, o seu mandamento é este, que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos [uns aos outros], como ele nos ordenou.
10.     Amar - I Jo. 4: 7 Amados, amemo-nos [uns aos outros], porque o amor é de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
11.     Amar - I Jo. 4: 11 Amados, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos [uns aos outros].
12.     Amar - I Jo. 4: 12 Ninguém jamais viu a Deus; e nos amamos [uns aos outros], Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado.
13.     Amar - II Jo. 1: 5 E agora, senhora, rogo-te, não como te escrevendo um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos [uns aos outros].
14.     Honrar - Rm. 12: 10 - Preferindo-vos em honra [uns aos outros].
15.     Lavar os pés - Jo. 13: 14 Ora, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés [uns aos outros].
16.     Exortar - I Ts. 5: 11 Pelo que exortai-vos [uns aos outros] e edificai-vos [uns aos outros], como na verdade o estais fazendo.
17.     Edificar - I Ts. 5: 11 Pelo que exortai-vos [uns aos outros] e edificai-vos [uns aos outros], como na verdade o estais fazendo.
18.     Julgar - Rm. 14: 13 Portanto não nos julguemos mais [uns aos outros]; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão.
19.     Receber - Rm. 15: 7 Portanto recebei-vos [uns aos outros], como também Cristo nos recebeu, para glória de Deus.
20.     Admoestar - Rm. 15: 14 Eu, da minha parte, irmãos meus, estou persuadido a vosso respeito, que vós já estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento e capazes, vós mesmos, de admoestar-vos [uns aos outros].
21.     Saudar - Rm. 16: 16 Saudai-vos [uns aos outros] com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam.
22.     Servir - Gl. 5: 13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Mas não useis da liberdade para dar ocasião à carne, antes pelo amor servi-vos [uns aos outros].
23.     Não invejar - Gl. 5: 26 Não nos tornemos vangloriosos, provocando-nos [uns aos outros], invejando-nos [uns aos outros].
24.     Não provocar - Gl. 5: 26 Não nos tornemos vangloriosos, provocando-nos [uns aos outros], invejando-nos [uns aos outros].
25.     Suportar - Ef. 4: 2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos [uns aos outros] em amor.
26.     Ser bondoso - Ef. 4: 32 Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos [uns aos outros], como também Deus vos perdoou em Cristo.
27.     Ser compassivo – Ef. 4: 32 Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos [uns aos outros], como também Deus vos perdoou em Cristo.
28.     Perdoar - Ef. 4: 32 Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos [uns aos outros], como também Deus vos perdoou em Cristo.
29.     Sujeitar - Ef. 5: 21 sujeitando-vos [uns aos outros] no temor de Cristo.
30.     Não mentir - Cl. 3: 9 não mintais [uns aos outros], pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos.
31.     Suportar - Cl. 3: 13 suportando-vos e perdoando-vos [uns aos outros], se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também.
32.     Ensinar - Cl. 3: 16 A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos [uns aos outros], com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações.
33.     Consolar - I Ts. 4: 18 Portanto, consolai-vos [uns aos outros] com estas palavras.
34.     Considerar - Hb. 10: 24 e consideremo-nos [uns aos outros], para nos estimularmos ao amor e às boas obras.
35.     Admoestar - Hb. 10: 25 não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos [uns aos outros]; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.
36.     Confessar - Tg. 5: 16 Confessai, portanto, os vossos pecados [uns aos outros], e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação.
37.     Orar - Tg. 5: 16 Confessai, portanto, os vossos pecados [uns aos outros], e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação.
38.     Não furtar - Lv. 19: 11 Não furtareis; não enganareis, nem mentireis [uns aos outros].
39.     Não enganar - Lv. 19: 11 Não furtareis; não enganareis, nem mentireis [uns aos outros].
40.     Não mentir - Lv. 19: 11 Não furtareis; não enganareis, nem mentireis [uns aos outros].
Não defraudar - Lv. 25: 14 Se venderdes alguma coisa ao vosso próximo ou a comprardes da mão do vosso próximo, não vos defraudareis [uns aos outros].


EDIFICAÇÃO / REFLEXÃO 

Texto Bíblico:
Amem uns aos outros [uns aos outros] com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito (Rm. 12: 10 – NTLH).

Você já percebeu que a maioria dos problemas com os quais convivemos diariamente é resultado da falta de respeito ao próximo? Aquelas coisinhas do dia a dia que nos irritam, como um problema no trânsito, uma fila furada, um vizinho barulhento, um colega de trabalho folgado e coisas do gênero, todas são fruto da falta de respeito – e, se formos analisar a fundo, da falta de amor ao próximo. Afinal, o que ganhamos amando nosso próximo? Pelo contrário, quando amamos damos de nós mesmos, o que hoje em dia não faz sentido. Mas é aí que chegamos ao âmago do cristianismo: Jesus, nosso ideal de vida, sem ganhar nada em troca doou sua vida por nós, que não merecíamos, e nós que tentamos em tudo imitá-lo, devemos fazer o mesmo com relação às outras pessoas.

Mas, afinal de contas, o que é respeitar o próximo? Respeitar o próximo é (imagine uma situação prática na sua vida): 1) Dar a preferência (Rm. 12: 10); 2) Valorizar (Mt. 22: 39); 3) Ser humilde (Fp. 2: 3); 4) Valorizar seus pensamentos e valores, mesmo não concordando (1 Pe. 3: 15, 16); 5) Tratar com educação (2 Tm. 2: 24 – NTLH); 6) Não prejudicar, antes, fazer o bem (Sl. 15: 3; Gl.  5: 22). Deus ainda especifica relações perigosas que correm o risco de incorrer na falta de respeito, às quais devemos tomar cuidado redobrado: relação marido x mulher (1Pe. 3: 7; Ef. 5: 33), relação empregado x empregador (Ef. 6: 5, 9), relação entre desconhecidos (1 Pe. 2: 17), com estrangeiros, órfãos e  viúvas (Dt. 27: 19), pobres (Tg. 2: 3, 4), deficientes físicos (Lv. 19: 14) e com idosos (Lv.  19: 32). O respeito ao próximo não é algo que nasce conosco, mas algo que aprendemos. Portanto, é de responsabilidade dos pais ensinarem seus filhos a respeitarem as pessoas. Ensine seu filho a dizer obrigado, por favor, bom dia, a cumprimentar as pessoas, a compartilhar seus brinquedos, a controlar seu egoísmo e valorizar o outro. Pais, leiam Pv. 29: 15.

Reflita: Durante um inverno muito rigoroso, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil. Foi então que, uma grande manada de porcos espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir e juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte... E afastaram-se feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportarem mais tempo, os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito... Mas essa não foi a solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos  recíprocos. Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial (www.evol.com.br).

E você? Você tem respeitado os limites das pessoas ou seus espinhos têm ferido seus semelhantes, mesmo sem você perceber? O que você tem feito que tem desrespeitado seu próximo? Alguém tem reclamado de você? Como você é no trânsito?

Desafio da semana: pense em Mt. 7: 12a “façam aos outros o que querem que eles façam a vocês” e decore  Rm. 12: 10. Ore, pedindo ao Senhor uma transformação no seu modo de tratar as pessoas e que Ele aumente seu amor.

Seminarista André Bonella

segunda-feira, 18 de março de 2013

Controle a raiva II


OPÇÃO DE QUEBRA-GELO

Quando você ficou indignado com alguma injustiça cometida?

REFLEXÃO 


Texto Bíblico:
Mc. 3: 5

Nós vimos que há apenas dois casos no Novo Testamento em que a raiva demora a começar, mas, em determinadas situações, eu tenho raiva, eu fico durante um longo tempo irado, mas eu tenho essa raiva sob controle e, de jeito nenhum, eu tenho o desejo de me vingar. Isso ocorre em Ef. 4: 26 e em Mc. 3: 5. Esse tipo de raiva a Bíblia diz que não é pecado senti-la. Uma boa palavra para ser sinônimo desse tipo de raiva é indignação ou inconformação. Indignação contra o pecado, associada a uma conduta ou manifestação apropriada, porque nesse tipo de raiva eu mantenho o meu poder de raciocinar e o meu bom senso. Então, a raiva pode ser, também, uma reação saudável ou pode ser usada de modo positivo e com criatividade, quando eu fico indignado e reajo com raiva contra a injustiça, canalizando a energia gerada pela raiva para fazer o bem. É quando uso a raiva para construir ao invés de destruir, para atacar o problema que gerou raiva, e não a pessoa, para corrigir o que está errado. Alguns exemplos disso acontecem quando eu, ao invés de me chatear, deprimir e não querer viver mais, se eu tenho um filho que morreu atropelado na porta de casa, eu organizo uma manifestação pacífica, para pedir à prefeitura para colocar sinais de trânsito na minha rua, e faço uma campanha de conscientização, para que os motoristas e pedestres redobrem a atenção no trânsito e obedeçam à sinalização. Ou quando, ao invés de ficar prostrado em casa, chateado e deprimido, quando eu recebo a notícia de que estou com câncer, eu decido com minha família o que faremos juntos para o meu tratamento e ainda faço uma campanha de conscientização, na minha igreja, para que as pessoas façam os exames periódicos de prevenção ao câncer. Ou quando, ao invés de pedir divórcio de minha esposa, quando o casamento vai mal e as coisas já não estão indo como a gente planejou, eu procuro ajuda de pessoas que realmente possam ajudar a recuperarmos o casamento e procuro canalizar a energia gerada pela decepção em oração. Tudo isso são exemplos de que eu posso sentir raiva como todo mundo sente, mas que, também, eu posso redirecionar a raiva para uma ação que vai me trazer alívio e um sentido de que eu, e não a raiva, controlo a minha vida.

A raiva que não é considerada pecado e é justificada tem três características principais: ela precisa ser controlada; não pode haver ódio, maldade ou ressentimento; e a sua motivação não é egoísta. Primeiro, a raiva tem que ser controlada, onde a pessoa tem o controle de sua mente e das suas emoções, sem perder a razão. É o contrário da raiva descontrolada, que é aquela em que, mesmo que a causa seja legítima e dirigida contra uma injustiça, pode provocar um erro de julgamento e aumentar o problema. Outra característica principal da raiva é que não pode haver ódio, maldade ou ressentimento. Não pode ter raiva e partir para o contra-ataque, porque isso só vai complicar ainda mais a situação. Ao contrário de se alimentar ódio, maldade ou ressentimento, é importante que a pessoa exercite a paciência. E o melhor exemplo disso você tem em Jesus, que sofreu injúrias de toda sorte e permaneceu descansando no Senhor, sabendo que é Deus quem julga as pessoas (1 Pe. 2: 23). E a terceira e última característica da raiva que não é considerada pecado e é justificada é que ela não tem motivação egoísta. A raiva tem que ser dirigida contra as injustiças feitas a outras pessoas, e não a uma pessoa ou a um ato errado que alguém tenha feito contra você, porque, quando a motivação é egoísta, envolve orgulho e ressentimento.

Diante de tudo isso, 1. Diga qual foi a ocasião em que a sua raiva foi descontrolada e você sente hoje o desejo de voltar atrás e consertar tudo, porque até hoje você ainda sofre as consequências daquele ato explosivo. 2. O que Deus falou com você nessa mensagem.

Seminarista André Bonella

segunda-feira, 11 de março de 2013

Controle a raiva I


OPÇÃO DE QUEBRA-GELO

O que faz você ficar realmente com raiva?


REFLEXÃO 


Texto Bíblico:
Ef. 4: 26

A definição de raiva é um sentimento de intenso desagrado. Fazemos uma relação da raiva com outros nomes: explosão; ira; cólera; fúria; hostilidade; emoção descontrolada e violenta. Tudo isso reflete como a raiva pode causar destruição. Quando eu quero descrever o sentimento da raiva, eu digo que estou aborrecido; enfurecido; fervendo; furioso; inflamado; destemperado; louco; com ódio. E isso mostra como eu posso ser o agente dessa destruição. No Antigo Testamento, a palavra original utilizada para raiva tem o significado de nariz ou narina, porque o meu nariz mostra se eu estou com raiva ou não. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico e a palavra que significa nariz é אפי (apai) E existem várias passagens bíblicas do Antigo Testamento que mostram que alguém estava com raiva, como em Nm. 14: 18 e Gn. 30: 2.

No Novo Testamento a raiva pode ser descrita por três palavras diferentes, cada uma com o seu significado: θυμός (timόs), παροργισμω (parorguismou) e οργί (orguί). Θυμός é a raiva em que a pessoa explode de repente em sentimentos descontrolados, por causa de uma indignação interior. Θυμός aparece em Ef. 4: 31, quando diz: “Longe de vós, toda amargura, e cólera (θυμός), e ira (οργί), e gritaria, e blasfêmia, e bem assim toda malícia”. Παροργισμω é a raiva que eu tenho quando me provocam ou me irritam. Ocorre, por exemplo, em Ef. 4: 26: “não se ponha o sol sobre a vossa ira (παροργισμω)”. Οργί é a raiva que demora a começar, mas, quando tenho, eu fico durante um longo tempo irado e decidido a me vingar de quem me fez a raiva. Ocorre, por exemplo, em Tg. 1: 19: “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar (οργήν)”.

Mas, como para toda regra há exceção, há apenas dois casos no Novo Testamento em que a raiva tem o significado de οργί, ou seja, que demora a começar, mas, em determinadas situações, eu tenho raiva, eu fico durante um longo tempo irado, mas eu tenho essa raiva sob controle e, de jeito nenhum, eu tenho o desejo de me vingar. Isso ocorre em Ef. 4: 26: “irai-vos (οργίζεσθε) e não pequeis”; e em Mc. 3: 5, quando os fariseus perguntaram a Jesus se era lícito curar no sábado um homem com a mão aleijada e diz a palavra “olhando ao seu redor, indignado (οργης) e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada”. Esse tipo de raiva a Bíblia diz que não é pecado senti-la. Uma boa palavra para ser sinônimo desse tipo de raiva é indignação ou inconformação. Indignação contra o pecado, associada a uma conduta ou manifestação apropriada, porque nesse tipo de raiva eu mantenho o meu poder de raciocinar e o meu bom senso.

A raiva pode ser, também, uma reação saudável ou pode ser usada de modo positivo e com criatividade, quando eu fico indignado e reajo com raiva contra a injustiça, canalizando a energia gerada pela raiva para fazer o bem. É quando uso a raiva para construir ao invés de destruir, para atacar o problema que gerou raiva, e não a pessoa, para corrigir o que está errado. Diante de tudo isso: 1. pense num exemplo de raiva em que você não teve controle de suas emoções e acabou ferindo as pessoas ou piorando a situação e diga qual foi a reação das pessoas envolvidas. 2. O que Deus falou com você nessa mensagem.

Seminarista André Bonella

segunda-feira, 4 de março de 2013

Amar X




OPÇÃO DE QUEBRA-GELO

Excetuando Jesus, qual foi a maior demonstração de amor que alguém já fez a você?


REFLEXÃO 

Texto Bíblico: 1 Jo. 4: 7, 8


Encerramos esta série de mensagens sobre o Amor de Deus, com estes maravilhosos versículos. João é conhecido como o apóstolo do amor, e ele mesmo se autodenominava o “discípulo a quem Jesus amava”. Ele, iluminado pelo Espírito Santo, escreveu maravilhosamente sobre o amor. Nas suas cartas, escrevia de um jeito simples, para que todos entendessem. Alguns comparam seus escritos como se fossem, hoje, para alunos do ensino fundamental. Isso não importa. O que importa é que João nos ensina, de forma sublime, que devemos amar, porque Deus nos amou e porque Deus é amor. E os grandes e nobres sentimentos, quando escritos, devem ser em palavras simples, mas impactantes. Devemos amar a Deus e a nossos irmãos. Esse é o círculo infinito, onde estão os filhos de Deus. Será que você já entendeu que sem amor verdadeiro a sua vida não “funciona”? Será que você já entendeu que não existe vida cristã sem amor verdadeiro? Não amor em palavras, mas em ações, como temos visto. Gostaria que você lesse os próximos versículos e escrevesse formas de amar a Deus ou a seus irmãos que lá estão sendo ensinadas: Lc. 10: 25 - 37; Gl. 5: 13 - 15; Cl. 3: 18 - 25; Tg. 2: 14 - 19; 1 Pe. 3: 8; 4: 8, 9; 1 Jo. 3: 18; 4: 19 – 21. Compartilhe esses ensinamentos.

Reflita: Um aluno perguntou à antropóloga Margaret Mead qual o sinal mais antigo de civilização entre as culturas  conhecidas. Ele esperava, como resposta, um anzol para pescaria, uma panela de barro ou uma pedra de moinho. Porém, a resposta da antropóloga foi "um fêmur curado". Mead explicou que o fêmur foi encontrado em um local onde reinava a lei da selva, onde uma pessoa com a perna quebrada era deixada para trás. Um sobrevivente, curado, demonstra que alguém o ajudou, que atou sua perna até que ficasse curada e pudesse andar novamente. Um ato de compaixão é o primeiro sinal de civilização. E o amor tem sido o sinal mais forte de que somos cristãos. Ao entregar a vida para Cristo, convertemo-nos em filhos de Deus e, deixando a velha maneira de agir para trás, precisamos mostrar as atitudes condizentes com nossa nova natureza. Da mesma forma que um gesto de abandono do companheiro ferido mostrava que a pessoa não era civilizada, um gesto de indiferença, ou pouco caso, ou falta de compaixão também comprovam que Cristo ainda não é o Senhor daqueles que assim agem. Assim que tipo de sinal a sua vida transmite?

O Dr. John Rosen, psiquiatra de Nova Iorque, é bem conhecido por seu trabalho com esquizofrênicos. Normalmente, esses médicos permanecem separados e evitam um envolvimento maior com seus pacientes. Dr. Rosen coloca-se junto a eles. Costuma por sua própria cama entre as camas deles. Vive o dia-a-dia da vida deles. Ele os ama. Se querem conversar, ele conversa. Se querem ficar calados, ele os respeita. É como se entendesse o que está acontecendo com  eles.  Estar lá com eles permite uma experiência que os doentes jamais tiveram durante anos. Mas ele vai além disso.  Coloca os seus braços ao redor deles, abraça-os com ternura. Seu gesto devolve o amor pela vida a essas pessoas negligenciadas,  desprezadas e rejeitadas. Freqüentemente, as primeiras palavras que esses doentes pronunciam são: "muito obrigado" ( Paulo Barbosa - Um Cego na Internet).

Diante de tudo isso: 1. prepare um ou dois atos de amor. Refresque alguém com uma refeição. Dê um presente. Dê uma carona para uma outra cidade. Faça um cartão bem bonito e muito pessoal. Fale menos e ouça mais. Ajude alguém com algum esforço físico. Faça 10 elogios. Dê uma cesta de alguma coisa. Enfim, seja criativo e vamos encher a PIB Lins de amor na próxima semana. Vamos fazer com que o brilho do amor chegue aos corações em trevas, até que ilumine completamente as nossas vidas. 2. Ore, compartilhe com Deus suas decisões e peça para que cresçamos em amor. 3. Compartilhe o que Deus está ensinando para você.

Seminarista André Bonella