OPÇÃO DE QUEBRA-GELO
- Quando você ficou
indignado com alguma injustiça cometida?
REFLEXÃO
Texto Bíblico:
Mc. 3: 5
Nós vimos que há
apenas dois casos no Novo Testamento em que a raiva demora a começar, mas, em
determinadas situações, eu tenho raiva, eu fico durante um longo tempo irado,
mas eu tenho essa raiva sob controle e, de jeito nenhum, eu tenho o desejo de
me vingar. Isso ocorre em Ef. 4: 26 e em Mc. 3: 5. Esse tipo de raiva a Bíblia
diz que não é pecado senti-la. Uma boa palavra para ser sinônimo desse tipo de
raiva é indignação ou inconformação. Indignação contra o pecado, associada a
uma conduta ou manifestação apropriada, porque nesse tipo de raiva eu mantenho
o meu poder de raciocinar e o meu bom senso. Então, a raiva pode ser, também,
uma reação saudável ou pode ser usada de modo positivo e com criatividade,
quando eu fico indignado e reajo com raiva contra a injustiça, canalizando a
energia gerada pela raiva para fazer o bem. É quando uso a raiva para construir
ao invés de destruir, para atacar o problema que gerou raiva, e não a pessoa,
para corrigir o que está errado. Alguns exemplos disso acontecem quando eu, ao
invés de me chatear, deprimir e não querer viver mais, se eu tenho um filho que
morreu atropelado na porta de casa, eu organizo uma manifestação pacífica, para
pedir à prefeitura para colocar sinais de trânsito na minha rua, e faço uma
campanha de conscientização, para que os motoristas e pedestres redobrem a
atenção no trânsito e obedeçam à sinalização. Ou quando, ao invés de ficar
prostrado em casa, chateado e deprimido, quando eu recebo a notícia de que
estou com câncer, eu decido com minha família o que faremos juntos para o meu
tratamento e ainda faço uma campanha de conscientização, na minha igreja, para
que as pessoas façam os exames periódicos de prevenção ao câncer. Ou quando, ao
invés de pedir divórcio de minha esposa, quando o casamento vai mal e as coisas
já não estão indo como a gente planejou, eu procuro ajuda de pessoas que
realmente possam ajudar a recuperarmos o casamento e procuro canalizar a
energia gerada pela decepção em oração. Tudo isso são exemplos de que eu posso
sentir raiva como todo mundo sente, mas que, também, eu posso redirecionar a
raiva para uma ação que vai me trazer alívio e um sentido de que eu, e não a
raiva, controlo a minha vida.
A raiva que não é
considerada pecado e é justificada tem três características principais: ela
precisa ser controlada; não pode haver ódio, maldade ou ressentimento; e a sua
motivação não é egoísta. Primeiro, a raiva tem que ser controlada, onde a
pessoa tem o controle de sua mente e das suas emoções, sem perder a razão. É o
contrário da raiva descontrolada, que é aquela em que, mesmo que a causa seja
legítima e dirigida contra uma injustiça, pode provocar um erro de julgamento e
aumentar o problema. Outra característica principal da raiva é que não pode
haver ódio, maldade ou ressentimento. Não pode ter raiva e partir para o
contra-ataque, porque isso só vai complicar ainda mais a situação. Ao contrário
de se alimentar ódio, maldade ou ressentimento, é importante que a pessoa
exercite a paciência. E o melhor exemplo disso você tem em Jesus, que sofreu
injúrias de toda sorte e permaneceu descansando no Senhor, sabendo que é Deus
quem julga as pessoas (1 Pe. 2: 23). E a terceira e última característica da
raiva que não é considerada pecado e é justificada é que ela não tem motivação
egoísta. A raiva tem que ser dirigida contra as injustiças feitas a outras
pessoas, e não a uma pessoa ou a um ato errado que alguém tenha feito contra
você, porque, quando a motivação é egoísta, envolve orgulho e ressentimento.
Diante de tudo isso, 1.
Diga qual foi a ocasião em que a sua raiva foi descontrolada e você sente
hoje o desejo de voltar atrás e consertar tudo, porque até hoje você ainda
sofre as consequências daquele ato explosivo. 2. O que Deus falou com
você nessa mensagem.
Seminarista
André Bonella
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