domingo, 28 de julho de 2013

A TENTAÇÃO DE CRISTO

QUEBRA-GELO
1. Em sua opinião, o que é tentação? Devemos considerar as tentações como pecado?
2. Você esperava que as tentações cessassem após sua conversão? Em que circunstâncias você se
percebe tentado?

INTRODUÇÃO
Quando ouvimos a palavra tentação, dois episódios bíblicos podem vir à nossa mente. O primeiro é a tentação e queda do homem, registrado em Gn 3.1-24. Nessa história, o diabo (serpente) tenta Eva, oferecendolhe a possibilidade de ter os olhos abertos e, como Deus, conhecer o bem e o mal. Eva cede à tentação, desobedecendo a uma ordem clara de Deus. Ela come do fruto da árvore proibida e o dá a seu marido, o qual também come. De fato, seus olhos são abertos e passam a conhecer o bem e o mal. Entretanto, também passam a experimentar em suas vidas a corrupção e a morte (ver Gn 2.17, “certamente morrerás”, com Rm 6.23).

O segundo episódio é a tentação de Jesus, registrada em Mt 4.1-11, Mc 1.12,13 e Lc 4.1-13. Nessa história, o diabo também é um dos personagens, atuando mais uma vez como tentador. Entretanto, ela tem um final diferente. Jesus não cede à tentação do inimigo, mas resiste-lhe através da Palavra de Deus.

Duas narrativas sobre tentação. Dois desfechos distintos. Adão e Eva foram derrotados. Jesus de Nazaré
triunfou. Por causa da derrota dos primeiros, toda a história humana está marcada pelo pecado. Por causa
do triunfo do último, a possibilidade da vitória sobre a tentação e de uma vida livre da corrupção e da morte
é disponibilizada. O que podemos, então, aprender sobre tentação e sobre como vencê-la através do triunfo
de Jesus? É sobre isso que compartilharemos na célula de hoje.

DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Texto-base: Mt 4.1-11

Após ter sido batizado por João Batista, Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao lugar da tentação, ao
encontro do tentador. Antes de ser tentado, passou quarenta dias e quarenta noites no deserto, em jejum,
ao final dos quais teve fome. Esses fatos podem levantar uma pergunta: qual era a situação de Jesus (como
ele se encontrava) quando foi tentado pelo diabo? Observando o texto, seu contexto literário imediato e
versículos paralelos (Lc 4.1-13), pode-se apontar o seguinte:
1. Jesus estava cheio do Espírito Santo (Mt 3.16; Lc 4.1);
2. Tinha recebido do Pai uma palavra de aceitação e afirmação de sua identidade (Mt 3.17);
3. Estava cansado, com fome e fraco (Mt 4.1,2);
4. Estava em um período de intensa consagração e busca do Pai (Mt 4.2).

Analisando esses pontos, podemos concluir que Jesus estava muito bem por um lado e que, por outro,
apresentava algumas debilidades. Ao tentá-lo, o diabo aproveitou-se dessa situação em que ele se
encontrava.

Na primeira tentação, Satanás coloca em dúvida a filiação divina de Jesus, desafiando-o a realizar um
milagre que satisfaria a sua necessidade de comida e atestaria ser ele o Filho de Deus. Parafraseando Mt
4.3, o inimigo disse: “se você é mesmo o Filho de Deus, use o seu poder, transforme essas pedras em pães e sacie sua fome”. Satanás tentou suscitar insegurança e orgulho no coração de Jesus. “Será que sou mesmo
o Filho de Deus, o Messias que haveria de vir?”. “Vou mostrar para esse atrevido quem realmente sou e o
que posso fazer”. Além disso, o diabo também intentou fazer com que Jesus focasse suas necessidades,
que agisse de modo independente de Deus, olhando mais para si do que para a vontade de seu Pai, o qual
já havia preparado para ele todos os cuidados necessários (cf. v.11). É a tentação da carne, da satisfação
imediata dos apetites. Não é assim conosco também?

Jesus não se permitiu cair na armadilha do tentador. Ele rebateu a provocação utilizando-se das Sagradas
Escrituras. Sua resposta tem início com a expressão “está escrito”, seguida de uma citação de um texto
do Antigo Testamento. Ele tomou “a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6.17), e contraatacou a investida de Satanás. “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (v.4). A palavra de Deus era seu principal alimento, sua necessidade maior. Sendo assim, não precisava duvidar de quem era, pois seu Pai já o havia afirmado. Além disso, daria mais atenção à vontade de Deus do que às suas necessidades físicas momentâneas. Ele declarou que sua principal fonte de vida não era o alimento físico, mas, sim, o espiritual, o qual provinha de seu Pai. Usou a palavra, decidiu não
ceder e renunciar aos apetites, crendo que Deus já tinha preparado o melhor para ele.

Pergunta: Você costuma fazer o mesmo?

Na segunda tentação, Satanás, tirou Jesus do deserto, levando-o para a parte mais alta do templo de
Jerusalém. Duvidando mais uma vez de sua filiação divina e também utilizando a estratégia de citar as
Sagradas Escrituras (talvez com o intuito de dar mais crédito às suas palavras), o diabo desafia Jesus a
testar o cuidado paternal de Deus por sua vida, jogando-se do alto do templo. A confiança de Jesus na
proteção e cuidado do Pai é atacada. O tentador disse: “se você é mesmo o Filho de Deus, jogue-se daqui.
Afinal de contas, o seu Pai, se é que está interessado no seu bem-estar e é fiel à sua Palavra, mandará os
seus anjos te salvarem e cuidarem de você, de modo que você não se ferirá”. Mais uma vez o diabo tenta
semear dúvida e orgulho no coração de Jesus. “Será que o Pai vai me salvar? É claro que vai. Vou mostrar
pra esse insolente que sim”. É a tentação do mundo para agirmos como soberbos, dando lugar à glória e à
vaidade pessoais.

Jesus não se deixa enganar e repudia na mesma moeda (“também está escrito”), desmascarando, assim, a
aplicação incorreta que o tentador havia feito do texto bíblico. O cuidado do Pai por sua vida não precisava
ser provado. Não era necessário testar o Pai para saber que ele o amava como Filho e que era poderoso.

Finalmente, na terceira tentação, Satanás leva Jesus para um monte muito alto e mostra-lhe a glória dos
reinos do mundo. De posse desses reinos (o que lhe foi entregue por Adão no Jardim do Éden), ele os
oferece a Jesus em troca de adoração. Em sua última tentativa, o diabo não faz uma provocação, mas
oferece a Jesus uma facilidade e uma troca. Ele não precisaria morrer na cruz para readquirir a posse da
terra. Isso lhe seria entregue em troca de uma simples prostração e adoração. É a tentação do poder e de
ser igual a Deus.

Jesus rejeita a proposta e ordena que o tentador se retire. Citando mais uma vez as Escrituras, ele diz que
apenas o Senhor é digno de culto. Satanás se retira e o Pai dá ordem a seus anjos para servirem o Filho de
Deus em suas necessidades.

CONCLUSÃO

Que lições podemos extrair do episódio da tentação de Jesus?
1. Tentação não é pecado. Jesus foi tentado em tudo e nunca pecou, podendo, por isso, socorrer os que são tentados (Hb 2.18).
2. Não somos tentados acima das nossas forças (1Co 10.13) e somos tentados por nossas próprias cobiças (Tg 1.14,15).
3. Deus permite que sejamos tentados para que a nossa fé seja provada e, assim, cresçamos em força e maturidade (Tg 1.12).
4. O diabo se aproveita da situação em que nos encontramos e de possíveis brechas ou fraquezas para nos tentar. Se estivermos bem espiritualmente, ele nos incitará ao orgulho e à independência de Deus, ou nos levará a duvidar de quem Deus é, de quem somos nele e das bênçãos que dele temos recebido. Se estivermos em necessidade, ele atacará nesse ponto, nos incitando a focar os nossos problemas e a buscar nossas próprias soluções.
5. Para vencermos as tentações, devemos estar cheios do Espírito Santo e de posse da Palavra de Deus (que é a espada do Espírito, cf. Ef 6.17), usando-a com autoridade e como a verdade final sobre qualquer situação.
6. Devemos assumir uma atitude de permanente vigilância e oração (cf. Mt 26.41; Mc 14.38; Lc 22.40,46)
e firmarmo-nos na escolha e no propósito de sermos vencedores em todas as tentações para a glória de Deus e para nosso próprio bem e crescimento.



Fonte: Lições avulsas // Igreja Batista Central de Belo Horizonte

domingo, 21 de julho de 2013

O TRABALHO DE DEUS EM NOSSAS VIDAS

INTRODUÇÃO
O profeta Jeremias, que teve um longo e importante ministério profético em Israel entre 625 a.C. e 586 a.C., foi enviado por Deus à casa de um oleiro para receber ali um ensino prático e demonstrativo. Esta forma de nos ensinar pode ser encontrada ao longo de toda a Bíblia, como por exemplo, em Provérbios 6.6-11, em que Salomão chama os preguiçosos a irem ter com as formigas e, observando-as, aprender como se deve trabalhar. Ou mesmo Jesus Cristo, que em Lucas 12.27, nos chama a observar os lírios do campo e aprendermos a não andarmos dominados ou perturbados por preocupações. Neste caso, Deus conduz o profeta e este se deixa instruir por um simples oleiro. Aproximou-se e viu como era feito um vaso sobre a roda e como este vaso se estragou.

DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Texto-base: Jeremias 18.1-6

O objetivo de Deus na mensagem dada a Jeremias é mostrar-nos algo a respeito do plano que Ele tem para nossas vidas.

Pergunta: Você já se fez esta pergunta: “Qual é o grande plano de Deus para minha vida?” Já parou e investiu tempo suficiente em busca de compreensão sobre o que Deus quer fazer com sua vida?

A resposta é esta: Ser a imagem de Jesus!

Leia Romanos 8.28-29: Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

Na realidade, esta não é uma idéia nova de Deus, mas é o Seu plano eterno. Gênesis 1.26 diz: “Façamos o homem à nossa imagem...”. Com a queda, o pecado dominou o coração e a vida do homem e ofuscou esta imagem. Mas o que o apóstolo Paulo está afirmando em Romanos é que, agora, a partir da morte e ressurreição de Jesus Cristo, este plano ganha continuidade.

Tudo o que acontece em nossas vidas coopera para que este fim seja alcançado. Deus, como um oleiro, nos esculpi, desbasta, até que cheguemos o mais próximo possível desta imagem! Um famoso escultor, perguntado sobre como conseguia esculpir a cabeça de um leão em um bloco de mármore, disse: “Eu apenas tiro tudo aquilo que não se parece com a cabeça de um leão”.

Semelhantemente, nosso Deus trabalha em nossas vidas como um artista, para desbastar ou retirar tudo aquilo que não se parece com Cristo: o egoísmo, a impaciência, a arrogância, o orgulho, o temperamento irritadiço, o negativismo e natureza triste, etc. Quantas vezes nos sentimos como o Rei Davi, que escreveu o Salmo 31.10-13.

Gasta-se a minha vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos; debilita-se a minha força, por causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem. Tornei-me opróbrio para todos os meus adversários, espanto para os meus vizinhos e horror para os meus conhecidos; os que me vêem na rua fogem de mim. Estou esquecido no coração deles, como morto; sou como vaso quebrado. Pois tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida.

Vamos então observar esta história do vaso nas mãos do oleiro e deixar que o Espírito de Deus trabalhe em nossas vidas, a fim de sermos vasos para sua glória:

1. O barro
Significa, na mensagem de Deus a Jeremias, o próprio povo de Israel, que foi tirado da escravidão do Egito e levado a Canaã na época de Moisés (Dt 8.1-5). Assim também nós fomos tirados da escravidão do pecado, do mundo, do diabo e transferidos para o reino da graça, para o Senhor nos moldar como seus vasos! Barro é o material de uso mais comum, às vezes até considerado desprezível como um lixo. Quantas vezes já nos sentimos assim, sem valor e sem méritos. Mas um artista, assim como Deus, sabe reconhecer aquele barro que poderá se transformar em obra de arte. Mas o barro fala também de nossa fragilidade; fala de sermos maleáveis nas mãos de Deus. Então, se compreendemos que Deus quer nos moldar como o oleiro molda o barro, devemos nos entregar a Ele e nunca nos exaltarmos ou nos vangloriarmos nisto. Leia 2Coríntios 4.7 e também 1Coríntios 4.7. Compare estes textos com Daniel 3.1-7 e 28-35. Veja o que Deus
teve de fazer para quebrar a vida de d grande rei Nabucodonozor e como sua falte de humildade só dificultou as coisas apara ele.

2. A roda
É a ferramenta sobre a qual o vaso é moldado. Porém nem todo barro é moldável.

Pergunta: Será que por vezes não somos rebeldes como Israel, e por isso falhamos como vasos? E será que recuamos quando as mãos do soberano Oleiro tocam em nós, e nos amassam com força, para nos moldar?

Leia Isaías 45.9 e Romanos 9.19-21.

Quais seriam então as ferramentas de Deus para nos moldar? Precisamos entender que às vezes Deus usa ferramenta pouco convencional. Veja 2Coríntios 12.7 e Habacuque 1.1-11 e identifique diferentes maneiras de Deus nos moldar à sua vontade: um espinho na carne (dificuldades pessoais), um exército inimigo (alguma derrota em nossa vida que nos humilha e machuca).

3. O oleiro
Na palavra dada a Jeremias, o Senhor compara-se ao oleiro. E se Ele é o oleiro, será que imaginaríamos que o Senhor não conseguiria terminar e de forma excelente a sua obra? Portanto, existem as melhores possibilidades para que nos tornemos vasos de bênçãos úteis para Ele. Veja Filipenses 1.6 e descanse no fato de que se Ele começou uma boa obra em nós, com certeza Ele há de completá-la. Veja também quais são as intenções do nosso maravilhoso oleiro. Em 2Timóteo 2.20-21, Paulo afirma que Seu plano é fazer-nos vasos para honra. Em Jeremias 29.11, Deus nos revela que seus planos para nós são planos de paz e não de mal. Ele só quer o nosso maior bem, porque tudo que Ele planeja e realiza é movido por Seu amor.

4. O vaso
Simboliza o plano de Deus para nossa vida e o alvo Dele é nos moldar em caráter, atitudes e até pensamos iguais aos de Seu Filho Jesus. Mas o que a história fala é que aquele vaso que o oleiro trabalhava acabou estragou-se nas mãos do oleiro. Assim Israel foi afastado do Deus vivo em virtude da sua incredulidade (Hb 3.12). Você ou eu somos como o povo de Israel? Imagine o que nós poderíamos ser, se tão somente permitíssemos que Ele nos moldasse! Na mensagem ao profeta Jeremias Deus fala que tomaria Israel mais uma vez sobre a roda para fazer dele um povo de bênçãos conforme sua promessa. Hoje Ele deseja fazer o mesmo conosco. Mesmo que já tenhamos resistido ao seu tratamento, permita hoje que Deus faça o mesmo com sua vida. Ele pode começar agora mesmo este trabalho, se tão somente não escorregarmos por entre seus dedos. Submeta-se, curve-se, humilhe-se debaixo de sua potente mão para que há seu tempo vos exalte (1Pe 5.6).

CONCLUSÃO

Deus nos ama do jeito que somos. Mas nos ama tanto que se recusa a deixar que continuemos sendo como somos. Ele tem o melhor para nós: nos moldar segundo o modelo de Jesus. O trabalho é dele, mas precisamos desejar e permitir que Ele faça o que é melhor para nossas vidas, sob o ponto de vista do oleiro. E podemos ter mesmo a certeza de que aquele que começou uma boa obra em nós vai completá-la até ao Dia de Cristo Jesus (Fp 1.6).



Fonte: Lições avulsas // Igreja Batista Central de Belo Horizonte

domingo, 14 de julho de 2013

SETE PRINCÍPIOS PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL

INTRODUÇÃO
Neste ano que se inicia, o que devemos desejar em primeiro lugar é crescimento em comunhão e em intimidade com o Senhor. Nenhum projeto deveria ser mais trabalhado do que o projeto pessoal de conhecer mais a Deus e de alcançar crescimento na vida espiritual.

Para crescermos espiritualmente precisamos seguir alguns princípios espirituais. Há muitas maneiras de crescermos na vida cristã e na comunhão com Deus. Na lição de hoje, apresentamos alguns princípios mais vitais e primordiais para o crescimento espiritual. Vamos estudá-los!

DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

1. Aprenda a esquecer
Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus (Fl 3.13-14).

Em certo sentido, esqueça as bênçãos do passado, ou seja, não fique preso ao passado e no que um dia você já recebeu. Deus tem algo novo para você hoje. Nada impede mais o seu contínuo crescimento do que a idéia de que como está já é suficiente. O maná deveria ser colhido diariamente e se o povo de Israel guardasse para o dia seguinte ele apodreceria. Precisamos de uma porção de Deus a cada dia.

Mas, ainda mais importante que esquecer as bênçãos já recebidas, é esquecermos os erros cometidos. Os pecados confessados devem ser deixados para trás. Não permita que acusações do inimigo prendam sua vida no passado da acusação. Em Isaías 43.25, lemos que o Senhor mesmo apaga nossas transgressões e não se lembra mais de nossos pecados: “Sou eu, eu mesmo, aquele que apaga suas transgressões, por amor de mim, e que na se lembra mais de seus pecados”. Esquecer as próprias falhas significa se perdoar. Muitos não se perdoam e vivem se martirizando pelos erros do passado. Se quiser crescer espiritualmente, você deve crer no que diz a Palavra de Deus e andar de cabeça erguida e livre dos pecados perdoados por Deus. Muitos têm ficado paralisados numa lamúria sem fim em cima de algo que já passou. Não podemos Mudar o que já passou, mas podemos mudar o presente, ficando de pé e avançando para um futuro melhor, para o alvo de Deus para nossas vidas.

2. Aprenda a perdoar
Falar de perdão é falar da graça de Deus, é falar da capacidade de recebê-la, mas também de oferecer aos outros uma memória apagada, sem registros. Perdão é dar ao próximo outra chance. É permitir reparação. Quem não admite reparação é porque não possui um coração perdoador.

Perdão não existe na natureza. É algo do céu. Ele veio para a terra quando Jesus desceu a nós. Somente um povo celestial é capaz de liberar perdão.

Perdão é saúde física e espiritual.

Somente quem sabe o que é ser um pecador pode liberar perdão. O perdão é para o pecador e só flui do coração de alguém que se reconhece pecador. Perdoar é dar o que recebemos. Porque fomos perdoados nós perdoamos. Jesus nos ensinou a orar, dizendo: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). Perdão é generosidade, é graça, é um favor imerecido. Só podemos perdoar quem não merece. Mas se escolhemos nunca perdoar, se escolhemos esconder num cantinho do nosso coração as mágoas e ressentimentos, um peso nos impedirá de crescer espiritualmente e sentiremos um bloqueio crescente para as coisas de Deus. Perdoar é liberar quem nos deve, mas é também nos liberarmos a nós mesmos para continuar avançando em direção ao propósito e à vontade de Deus para as nossas vidas.

3. Aprenda a orar
Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido (João 15.7).

Em João 15 lemos que se permanecermos em Jesus, suas as palavras permanecerão em nós e poderemos pedir o que quisermos que nos será atendido. Se quisermos crescer espiritualmente, precisamos revigorar totalmente nossa vida de oração e petições a Deus. Temos um tesouro de bênçãos espirituais reservadas para nós (leia Efésios 1.3), mas não as receberemos se não pedirmos. Jesus mesmo disse: “Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa” (Jo 16.24). E Tiago 4.2-3 acrescenta: “Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres”. Todo
crescimento espiritual é conquistado de joelhos, gastando tempo em oração e aprendendo a orar, a interceder e também a ouvir a Deus e seguir suas instruções. Alguém já disse que na vida espiritual, muita oração significa muito poder, pouca oração, pouco poder e nenhuma oração, nenhum poder! Separe um horário marcado para orar diariamente e mantenhase em oração e comunhão com Deus onde quer que esteja. Ele o guiará e sua vida espiritual crescerá imensamente.

4. Aprenda a crer
Marcos 11.24 diz que tudo quanto pedirmos em oração, crendo que receberemos, assim será conosco. Hebreus 11.6 afirma: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele Existe e que recompensa aqueles que o buscam”. Se o buscarmos com fé, a Bíblia afirma que Ele nos responderá.

A fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus. A fé é apanhar as irrealidades da esperança e trazê-las para a imensão da realidade. A fé dirá a respeito de si mesma tudo quanto a Palavra diz, porque fé em Deus é simplesmente fé na Sua Palavra.

A fé de Tomé não é fé. Quando queremos ver ou tocar antes de crer não poderemos dizer que temos fé. A verdadeira fé é aquela de Abraão que creu contra a esperança para vir a ser pai de muitas nações. Sem ver para onde ia, saiu em obediência à palavra de Deus para ele.

Eu não creio em cura porque vi alguém sendo curado. Eu creio porque a Palavra de Deus assim o declara. Precisamos aprender a crer para que não andemos ansiosos por coisa alguma. Crescer espiritualmente significa e requer crescer em fé, em experiências com Deus, em obediência a Deus, em arriscar andar na direção de Deus, em permitir que Ele nos guie, em arriscar esperar até que Ele nos direcione. Obedeça ao Espírito Santo, obedeça irrestritamente à palavra de Deus, mesmo que pareça difícil ou estranho e aprenda a por a sua fé em ação.

5. Aprenda a adorar
No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura (João 4.23).

Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. sujeitem-se uns aos outros, por temos a Cristo (Efésios 5.18-21).

A Bíblia claramente afirma que nos enchemos do Espírito Santo através de nossas atitudes e Paulo destaca, em Efésios, a importância de cantar, louvar e agradecer de coração ao Senhor para sermos continuamente renovados. A adoração desenvolve fome da presença do Senhor. O lugar de comunhão com Deus não é apenas na igreja ou célula, mas em nosso coração e em nosso espírito. Somos o santuário de Deus (1Co 6.19) e crescemos ao viver um contínuo culto de adoração a Ele, andando onde quer que seja debaixo de convicção de Sua presença e em atitude de temor, devoção e louvor por tudo. Dar graças em tudo nos fortalece. Viver em murmuração nos esvazia e alimenta o negativismo e a incredulidade. Lembre-se: em qualquer culto público, dedique-se fervorosamente à adoração como um dos propósitos de sua vida. Na sua vida pessoal, separe pelo menos 30 minutos do seu para dia para ter um momento a sós com Deus.
Nesse tempo, ore, adore a Deus através músicas, salmos, orações e não deixe de ler uma porção das Escrituras.

6. Aprenda a testemunhar
Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra (Atos 1.8).

A nossa boca deve falar daquilo que o nosso coração está cheio. Somos chamados a testemunhar de Jesus em todo o lugar. Este é nosso desafio para 2010. Testemunhe o quanto puder, em todos os lugares e oportunidades, e veja sua vida espiritual crescendo em ousadia e comprometimento com Jesus e com seu Reino.

7. Aprenda a dar
Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês (Lucas 6.38).

Algumas pessoas contribuem simplesmente por obrigação e, assim, deixam de receber o melhor de Deus. Outras pessoas contribuem meramente para receber uma bênção e, assim, deixam de receber por causa de sua motivação egoísta. Aprenda a contribuir com ofertas e dízimos e experimente o cumprimento dessa promessa em sua vida. Mas aprenda a dar também mais amor, atenção, respeito e até ajuda financeira a quem precisar, pois está escrito:

Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé (Gálatas 6.7-10).

CONCLUSÃO

Na lição de hoje, vimos sete princípios para crescermos espiritualmente em 2010. Vamos relembrá-los?
1. Aprenda a esquecer;
2. Aprenda a perdoar;
3. Aprenda a orar;
4. Aprenda a crer;
5. Aprenda a adorar;
6. Aprenda a testemunhar;
7. Aprenda a dar.



Fonte: Lições avulsas // Igreja Batista Central de Belo Horizonte

segunda-feira, 8 de julho de 2013

COMO TER UMA VIDA ABENÇOADA

QUEBRA-GELO
Encerrando o período de louvor, sugerimos a ministração da música “Toda sorte de bençãos”, do cd “Deus de Promessas”, do ministério de louvor Toque no Altar. Após isso, faça a seguinte dinâmica: peça para cada um dos presentes avaliarem suas vidas e compartilharem com o grupo duas áreas que estão prósperas e em crescimento e duas que estão estagnadas e necessitando de melhorias.

INTRODUÇÃO
Certamente, a maioria dos cristãos teria uma boa resposta para dar caso o título acima lhes fosse apresentado em forma de pergunta. Eles poderiam, corretamente, dizer que para receber a benção de Deus uma intensa busca se faz necessária, com muita oração e jejum. Ou então, que é preciso que a pessoa participe de um culto de poder e milagres em determinada igreja, ou com certo pastor. Enfim, algumas repostas desses tipos seriam dadas, tendo cada uma delas o seu valor e veracidade. Entretanto, não é esse o principal caminho apresentado pela Bíblia para se ter uma vida abençoada. Aliás, as Escrituras não dizem que devemos perseguir as bênçãos de Deus. Ao contrário, elas afirmam que as bênçãos é que nos alcançarão, o que acontecerá se cumprirmos com algumas condições.

Um ano de 2010 abençoado, sem sombra de dúvidas, é o desejo de todos nós. Contudo, para que isso se torne realidade, há alguns pré-requisitos a serem preenchidos. É sobre isso que trata o texto bíblico da lição de hoje. Que o Espírito Santo nos convença da verdade e nos ajude a colocá-la em prática.

DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Texto-base: Deuteronômio 28.1,2,15

Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o SENHOR, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos: (...).Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão: (...).

Conforme o Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento (DITAT), abençoar tem o sentido de conceder poder para alcançar sucesso, prosperidade, fecundidade, longevidade, etc (pg. 220). No texto acima, a palavra hebraica correspondente a bençãos é barakah, a qual está de acordo com essa descrição. Além disso, o verbo traduzido por alcançar pode ter outro sentido mais forte: “apoderar-se de”. Assim sendo, poderíamos reescrever Deuteronômio 28.1,2 da seguinte maneira: se atentamente ouvirmos a voz do Senhor, nosso Deus, e tivermos o cuidado de guardar todos os seus mandamentos, o poder para alcançar sucesso se apoderará de nós. Aí está a reposta que a Bíblia apresenta para a pergunta apontada na introdução desta lição. Uma vida abençoada advém da obediência à Palavra de Deus. No que se refere a isso, duas expressões, no texto, se destacam: “ouvir atentamente” e “tendo o cuidado de guardar”. Essas são expressões que nos transmitem a idéia de diligência e zelo na prática da obediência. As bênçãos de Deus virão sobre nós se diligentemente e zelosamente obedecermos à vontade do Senhor.

O contrário também é verdadeiro. Se desobedecermos a Deus, não dando ouvidos à sua voz e não cuidando em cumprir os seus mandamentos, maldições se apoderarão de nós. Certamente, a vida de todos nós é marcada por problemas. Isso é algo que naturalmente faz parte de uma realidade maculada pelo pecado. Entretanto, há dificuldades que nos são causadas por nós mesmos, devido à nossa desobediência à Palavra de Deus, as quais, então, poderiam ser evitadas. As Escrituras nos ensinam, em muitos textos, que uma vida em paz é resultado da obediência ao Senhor. Eis alguns deles: “Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos; porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz” (Pv 3.1,2); “Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos; guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso; porque serão vida para a tua alma e adorno ao teu pescoço. Então, andarás seguro no teu caminho, e não tropeçará o teu pé. Quando te deitares, não temerás; deitar-te-ás, e o teu sono será suave” (Pv 3.21-24); “Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida. No caminho da sabedoria, te ensinei e pelas veredas da retidão te fiz andar. Em andando por elas, não se embaraçarão os teus passos; se correres, não tropeçarás. Retém a instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida” (Pv 4.10-13).


CONCLUSÃO

A partir disso, todos nós poderíamos dizer: “Não enfrentarei em minha vida problemas causados por mim mesmo, mas unicamente aqueles que natural e fatalmente forem oferecidos a mim. Assim, me submeterei à vontade do Senhor, obedecendo-o e seguindo por seus caminhos”. Como, entretanto, podemos obedecer a Deus e, então, sermos alcançados pelas bênçãos? Para isso, duas atitudes são necessárias.

1. Conhecer a Palavra do Senhor. Em Josué 1.8 está escrito: “Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido”;

2. Escolher, firmemente, obedecer. Deuteronômio 30.19 diz: “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas
contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”.

O DITAT traz um comentário interessante: “Aqueles cujo relacionamento com Deus está errado não podem abençoar (Ml 2.2) nem ser abençoados (Dt 28). Nem mesmo uma palavra poderosa pode alterar isso” (pg. 221). Não tem como. Podemos orar e jejuar intensamente, participar dos mais poderosos cultos, receber ministrações de pastores muito ungidos, etc, mas se não estivermos vivendo em obediência ao Senhor, não seremos abençoados. Por isso, conheçamos a vontade de Deus e decidamos cumpri-la.

Fonte: Lições avulsas // Igreja Batista Central de Belo Horizonte

segunda-feira, 1 de julho de 2013

OBEDIÊNCIA: O VERDADEIRO CONCEITO DE AMOR

QUEBRA-GELO
1. Qual é o seu conceito de amor?
2. Você conseguiria definir amor com apenas uma palavra?

INTRODUÇÃO
Vivemos em uma época que valoriza muito os sentimentos e as experiências. Isso se dá tanto no meio secular quanto no religioso. Os jovens têm buscado programas que lhes proporcionem grandes quantidades e diferentes qualidades de emoções. Muitos, tanto jovens quanto adultos, têm se entregado às drogas em geral, na busca de sensações que lhes dêem alívio e prazer. As propagandas têm ressaltado o bem-estar que os produtos e serviços oferecidos podem proporcionar aos seus consumidores. Na igreja, programas que ofereçam grandes e diferentes emoções são buscados. Os cultos que proporcionam sensações de alívio e bem-estar são os melhores e mais procurados.

Uma das conseqüências dessa atual tendência é uma visão distorcida do conceito de amor. O amor tem sido
confundido com a paixão e definido como um forte sentimento de uma pessoa por outra, ou de uma pessoa por algo. Declarações como “eu te amo” são consideradas verdadeiras e sinceras se motivadas e envolvidas por intensas emoções. Os casais de namorados, incendiados pelo fogo da paixão, baseiam o relacionamento nesse sentimento e querem experimentar tudo o que ele pode lhes oferecer. Quando o sentimento acaba, julga-se que o namoro também acabou e a solução é procurar por outro relacionamento, onde as mesmas e novas experiências possam ser vivenciadas. Com os casais casados acontece o mesmo. Quando a paixão diminui ou se vai, conclui-se ser o fim do casamento e relações extraconjugais ou o divórcio são alternativas procuradas. Na igreja, durante os momentos de louvor e adoração dos cultos, motivados pela música e emocionados, os fiéis declaram sua paixão por Jesus, dizendo-lhe que Ele é o amado de suas almas.

Entretanto, não é assim que a Bíblia define o amor. Para Jesus, o amor não é um sentimento e não se manifesta principalmente através de emoções, mas é uma atitude, e uma atitude de obediência. É sobre isso que seremos ministrados na célula de hoje.

DESENVOLVIMENTO DO ENSINO
Texto-base: João 14.21a

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama”. A partir desse pequeno versículo, podemos perceber que, para Jesus, o amor passa pelas ações de ter e guardar os mandamentos que Ele deixou para seus discípulos.

1. TER OS MANDAMENTOS
Para se viver uma vida de obediência e, conseqüentemente, amar verdadeiramente a Cristo é necessário, primeiramente, ter os seus mandamentos. O verbo ter, nesse contexto, significa se apossar das vontades divinas registradas nas Escrituras Sagradas, através de uma assídua e interessada busca por elas. É ler e estudar a Bíblia, procurando conhecer as ordenanças de Deus para seus filhos. Assemelha-se a ir a uma feira com uma sacola de compras em um dos braços e, chegando a uma banca, tomar posse de seus produtos e colocá-los na sacola. A ação é tirar as palavras das páginas bíblicas e colocá-las na mente, ou seja, ter conhecimento de cada uma delas.

Vale ressaltar que não recebemos mandamentos do Senhor apenas através da Bíblia. O nosso Deus é um Deus que fala. Em nossa caminhada diária, ouvimos sua voz nos dando diversas orientações e ordens. Cabe a nós ouvi-las com muita atenção e não perdê-las!

Perguntas:
1. Você tem lido a Bíblia à procura de mandamentos para obedecer?
2. Enquanto lê a Bíblia ou ouve uma mensagem, sente-se confrontado em seu estilo de vida e desafiado a
mudanças práticas?
3. Você já teve a experiência de sentir o Espírito Santo conduzindo-o a uma atitude ou ação diferente durante sua leitura bíblica? Qual foi sua reação?

2. GUARDAR OS MANDAMENTOS
Ter os mandamentos é apenas o primeiro passo do processo de obediência. Há um segundo: o guardar. Esse verbo, nesse versículo, tem o sentido de obedecer, cumprir. Após tomar ciência das vontades divinas, a próxima ação é realizá-las. Continuando a ilustração acima, assemelha-se a, chegando em casa com a sacola de compras cheia com os produtos da feira, ingeri-los, buscando deles a energia necessária para as atividades do dia-a-dia. Estando de posse dos mandamentos do Senhor, devemos nos apropriar ainda mais deles, deixando que eles caiam em nossos corações e interfiram em nossa maneira de viver. Eles devem fazer parte de nós e gerar a energia que vai impulsionar e motivar atitudes em obediência à vontade de Deus.

A ênfase de Jesus sempre foi à prática de sua Palavra nos mínimos detalhes de nossas vidas. O texto de Lucas 6.46-49 nos mostra essa verdade.

Pergunta: No conceito de Jesus, é coerente alguém chamá-lo de Senhor e não fazer o que Ele ordena?

CONCLUSÃO

Vimos que amar a Deus é obedecê-lo e que isso passa pelo processo de ter e guardar os seus mandamentos. A partir disso, três tipos de pessoas podem ser identificadas:

1. Aqueles que não têm e, conseqüentemente, não guardam os mandamentos;
2. Aqueles que têm, mas não guardam os mandamentos;
3. Aqueles que têm e guardam os mandamentos.

Perguntas:
1. Em qual dos três grupos você se encontra?
2. Em qual deles gostaria de estar?

O nosso amor a Deus não é manifestado apenas e principalmente quando, nos cultos dominicais ou de semana, levantamos as mãos e dizemos a Deus que o amamos. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama”. O amor a Deus é demonstrado prioritariamente quando obedecemos aos seus mandamentos. Falar que amamos não é suficiente. Atitudes se fazem necessárias. Quanto a isso, Jesus disse o seguinte: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7.21).

Fonte: Lições avulsas // Igreja Batista Central de Belo Horizonte